quinta-feira, 27 de novembro de 2008

SONETO

Para um pintor contemporâneo que de tão bom dispensa a alcunha

Aquelas amarelas almas presas
Todas encarceradas nos vis crânios
Visão apocalíptica em ruínas
E os seres, canibais antropofágicos.

Artista de paisagens tão bucólicas
Gravuras da aparente inocência
Que pelas mãos bizarras e medonhas
Transformam-se em matéria vitupéria

Veio-vindo de selbitz para o delta
Fincar os pés no grande Parnaíba
Da pátria mãe a nova pátria peralta

Assim se vai seguindo, indo arriba
No desmedido horror expressionista
Avante com olhar de afeto a turba.

Autor: Fábio
POSTADO NA COMU EM 11MAR07

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