quinta-feira, 27 de novembro de 2008

NOITE MINHA

Já era noite estendida, quando eu escrevia; uma noite morna e desconfortável; por um momento rápido ouvi um ruído frenético, mas ainda rápido perturbador eu diria! Era noite fria quando eu levantava com o corpo suado; por uma cena lenta eu abria a porta e fitava a madrugada. Era noite triste quando as estrelas eu olhava.

Em minhas noites eu me perdia, e o ruído de vez em vez voltava, era irritante eu diria! Numa noite mais quente eu me via ausente a escrever solitário; em outra noite lúdica eu voava pelos cômodos da casa. Numa dessas noites mais sonolentas, já era quase dia, eu me via alumbrado e paranóico, eu não dormia.

Gritou-me, a explodir a garganta rouca, a consciência confusa, era noite meio clara, quando eu me diluía em pensamentos. Quando a noite se deitava lenta em cantos de pássaros e luz de dia, eu não dormia, não... Eu não dormia. E a noite escorria, esfriava mais ainda, e o céu era nublado!...e o sol não se escondia!...era noite minha, só minha!...


Autor: Luiz

PUBLICADO NA COMUNIDADE EM 25FEV07

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